Escrita Tribal

domingo, dezembro 18, 2005

Manifesto pela liberdade e pelo amor

A acção é inevitável, e a inércia precede a morte.
Aqueles cuja acção não derivar das suas escolhas, da sua consciência e do seu controlo, aqueles que não agirem para os seus próprios objectivos, serão levados agir por vontades, iniciativas e controlo de outrém.

Não pode haver liberdade sem livre-arbítrio.
Não pode haver livre-arbítrio sem haver escolhas.
Se as vossas escolhas não corresponderem aos vossos próprios objectivos, estarão a escolher para satisfação dos objectivos de outros. E que liberdade real pode haver nas escolhas de alguém sem objectivos próprios? Que liberdade pode haver nas escolhas de alguém que não tenha consciência da origem, motivos e finalidade das suas acções?
Que liberdade pode haver numa vida que não se controla?

Dos que vos amam realmente não esperem manipulação ou controlo.
Alguém livre para decidir amar-vos conscientemente não vos irá prender sequer a si mesmo, nem vos tentará guiar para satisfazer os seus próprios desejos.
Alguém livre para decidir amar-vos conscientemente só desejará ser amado da mesma forma, desejará que sejam livres para decidirem vós mesmos a vossa vida e a quem amar.
Alguém livre para decidir amar-vos não terá medo de vos perder, pois saberá que nunca vos teve, nem se pode ter quem não seja livre para se dar.
O amor não se exige, o amor oferece-se. Não pode haver amor real sem liberdade.
Alguém livre para decidir amar-vos saberá que somente poderá saborear o verdadeiro amor, se o verdadeiro amor lhe for oferecido livremente.

Ninguém vos pressionará a nada se não for por vontade de vos ver corresponder aos seus propósitos. Ninguém vos pressionará se não vos quiser usar.
Só vos controlará quem não tiver interesse na vossa liberdade, quem vos quiser dirigir por motivos pessoais, por egoísmo consciente ou inconsciente, para satisfação do seu ego, mesmo que afirme querer-vos todo o bem do mundo. Se vós mesmos não tiverem liberdade como podem ser livres para amar? Se não derem liberdade a quem amam, como podem realmente ser amados?

Aquilo que não controlam é aquilo que vos controla a vós. Aquilo que não conhecem é onde reside as vossas fraquezas, é aquilo que sem conhecer nunca poderão controlar, enquanto que algo que desconhecem poderá controlar-vos facilmente. As fraquezas e os medos só sobrevivem devido à vossa ignorância sobre aquilo que vos pode controlar. Aquilo que permanece fora do vosso conhecimento é aquilo que vos tentará controlar através do medo. Aquilo que permanece fora do vosso conhecimento é aquilo que lucra através do vosso medo.

Se não tiverem controlo em vós mesmos, não controlarão também os vossos sentimentos, não controlarão o vosso amor. Se não tiverem controlo em vós mesmos e nos vossos sentimentos, então como poderão oferecer amor? Como poderão oferecer algo sobre o qual não têm controlo? E porque razão alguém que vos ame realmente desejará um amor cuja oferta não foi realmente vossa?

Se já nem o amor for fruto da vossa liberdade, se o amor não for uma escolha vossa, então serão dominados por esse amor, estarão sujeitos a essa ferramenta para a vossa manipulação.
Se não forem livres para amar, então o amor será uma vossa fraqueza.
Como é que poderão ser felizes sem liberdade? Como é que poderão ser felizes olhando a realidade além das gaiolas que vos prendem? Como é que poderão realmente ser felizes, se a única maneira de evitarem a vossa tristeza for baixar os olhos e não olhar além das grades? Como poderão ser livres se não enfrentarem os vossos medos?
Se o amor não for fruto da vossa liberdade, então que felicidade poderão obter desse amor?

Se não se conhecerem a vós mesmos,
Se não se tornarem conscientes de quem são e do que sentem,
Se não tiverem controlo nos vossos sentimentos, na vossa realidade e na vossa vida,
Então quem tem? Quem é que vos controla e à vossa vida?

E como é que permitem que a vossa vida vos seja retirada assim?

Despertem - estão VIVOS !

(A todos os que ainda acreditam na liberdade e no amor)